Cultura de Paz

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Um juiz pela dignidade da vida!

O humanismo da BSGI mudou a vida do juiz Eron Pinter Pizzolatti

“Vivo em meio a dilemas. Todos os dias, essa é a rotina de um juiz”, conta Eron. Como juiz de direito seu cotidiano é um constante dilema onde suas decisões põe podem mudar radicalmente a vida das pessoas. E é na filosofia humanística do Budismo Nitiren que ele baseia-se sempre para tomar as decisões. “Para muitos, os processos não passam de papéis, mas eu os encaro como um desafio e nunca me esqueço que por trás destes papéis existem pessoas que merecem toda a minha consideração e atenção”, explica. 

Eron conheceu a BSGI ainda na faculdade, há cerca de 20 anos, quando sua namorada Rejane – atual esposa – associou-se. No início não deu grande importância, mas a partir da mudança de posicionamento e amadurecimento da amada, começou a prestar atenção em sua conduta. Cerca de dois anos se passaram até que finalmente percebeu que se tratava de um caminho que vinha de encontro ao que sempre buscara. “Embora tivesse sido criado em um ambiente religioso, aquela filosofia não me dava as respostas aos questionamentos que me afligiam. Ao conhecer a filosofia humanística da Soka Gakkai, me encontrei”, conta.

O pensamento lógico-racional que sempre o guiou, não encontrou barreiras nesse novo caminho. Leitor ávido e questionador, haviam lacunas que foram preenchidas naturalmente pelo Budismo Nitiren.

Mas o que o decidiu realmente foi a postura firme e resoluta de Rejane. “Ou tu escolhe me acompanhar, ou vou seguir meu caminho sem você!”, enfatizou Eron. A mulher de sua vida lhe dera um ultimatum. Atônito e totalmente comovido com sua firmeza, Eron decidiu que tentaria. “Eu já estava tendendo a aceitar, mas me faltava um empurrão.

Ao se associar viu os caminhos se abrirem de forma impressionante. Percebeu feliz a retomada da esperança, que suas metas de vida eram possíveis e que só dependiam de seu empenho para obtê-las. 

Foi então que em 1992, casou-se com Rejane já associado da BSGI. No mesmo ano passou no primeiro concurso público para juiz. Todas as angústias e temores da juventude tornaram-se questões do passado. Sua autoconfiança tornou-se seu maior trunfo, sem contudo, deixar-se levar pela vaidade.

Juiz humanista

“A filosofia humanística é o que vem primeiro em minha vida. Por ser juiz, tomo decisões difíceis que, muitas vezes, envolvem os sentimentos das pessoas. Um erro meu pode gerar um grande transtorno para a vida de alguém”, reflete. 

Natural da pequena no interior de Santa Catarina, Eron cresceu em meio à família – pais e irmãos – até seus 17 anos. Daí foi aventurar-se na capital do estado, Florianópolis, para tentar cursar a Faculdade de Direito. Sua família não tinha como ajudá-lo e sua vida na capital for marcada por muitas dificuldades financeiras. Foi então que, em meio às inúmeras tarefas de trabalho, estudos e casa que decidiu se tornar juiz. 

Foi na faculdade de Direito que conheceu Rejane e, pouco tempo de iniciado o namoro ela associou-se à BSGI. “Percebi logo que ela mudara. Tornou-se uma mulher determinada, madura e radiante”, enfatiza. 

Quando da formatura, entendeu que dali para frente os desafios seriam imensamente maiores e sua auto-estima foi se consumindo pelas intempéries da vida. Desempregado e sem perspectivas, perdia a esperança e viu seus sonhos se desvanecerem dia-a-dia. “Nunca mais tive dúvidas. Desde que associei-me, minha vida se transformou!”, exulta.

A aprovação no concurso foi uma conquista que o impulsionou de forma impressionante. Eron conta que por meio do estudo da filosofia e de seu empenho nas atividades da BSGI, ele compreendeu sua missão e a enormidade do trabalho de um juiz. O juiz humanista tem de estar sempre imbuído do conceito da dignidade da vida humana e sua postura tem de ser sempre humilde, pronto para ouvir as partes envolvidas e tomar a melhor decisão. Além disso, o juiz Eron, ao praticar e estudar sobre a filosofia humanística, percebeu que suas conquistas deveriam estar sempre ligadas ao bem-estar social. “A prática da filosofia me fez acreditar no meu potencial inerente e me direcionou para a melhor forma de manifestar o humanismo da SGI”, conta.

Todo juiz, diariamente, tem de decidir sobre a vida das pessoas englobando uma ampla gama de assuntos. Eron enfatiza que a filosofia do budismo é o que lhe permite manifestar consciência ética e humana para tomar as decisões corretas. “Ser juiz é uma profissão em que, a todo momento, tem-se a oportunidade de aplicar o humanismo. Busco, por meio da prática e estudo, ter uma mente equilibrada e ponderada. Afinal, não basta ser conhecedor do direito, mas é preciso aplicar as leis de forma humana e correta”, declara. 

Quando se vê em meio a um dilema, utiliza dos conceitos apreendidos na BSGI para decidir da melhor forma. E ilustra ainda que seu exemplo de vida é o filósofo, humanista e presidente da SGI, dr. Daisaku Ikeda que Eron tem como mestre da vida. “Tento aplicar o humanismo e a postura dele no meu dia a dia”, diz.

Em abril de 2007, Eron esteve no Japão e se encontrou pessoalmente com o presidente Ikeda. “Foram momentos maravilhosos!“, exclama. A melhor forma de corresponder ao mestre é por meio de atitudes corretas”, diz. Como forma de difundir sua linha de conduta à sociedade, o juiz Eron tornou-se também o professor Eron. Em suas aulas na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Santa Catarina, ele busca incutir em seu alunado, a prática humanista como forma de assegurar o pleno exercício da profissão aos futuros advogados e juízes. “Gratidão ao mestre é quando o discípulo realiza sua revolução humana. Se mudei minha vida, devo ao Ikeda Sensei [mestre], às suas orientações e aos seus ensinamentos.”, finaliza. 


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